Governo vai reavaliar construção do novo hospital de Évora tendo em conta "realidade do país"

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou hoje que o projecto de construção do novo hospital central de Évora, cuja conclusão está prevista para 2014, vai ser reavaliado pelo Governo, tendo em conta "a realidade do país".
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"Consta do programa do Governo que tudo vai ser avaliado, designadamente Parcerias Público Privadas (PPP) e projectos de novas infraestruturas de dimensão como é o hospital. Quando se fizer essa avaliação, veremos", afirmou o ministro à margem de uma visita ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE). Em declarações à Agência Lusa, o ministro da Saúde reconheceu que "a parte geográfica" das actuais instalações do HESE "não é de certeza a mais adequada", mas defendeu que o Governo deve ter "sempre presente o quadro" em que o país vive.

Paulo Macedo frisou que "uma coisa são os anseios naturais de todos, outra é a realidade do país em que vive", considerando que "não vale a pena dizer que para umas coisas a realidade é uma e para as necessidades financeiras é outra". "O que é preciso é que as pessoas tenham bons cuidados de saúde", sublinhou, destacando como referências as áreas da tele-medicina, anatomia patológica e os rastreios do HESE. O presidente da Federação de Évora do PS, Capoulas Santos, aproveitou a visita do ministro para questionar se o Governo tenciona dar seguimento à decisão do anterior executivo socialista de avançar com a construção do novo hospital central de Évora.

Também os deputados socialistas Carlos Zorrinho e António Serrano questionaram hoje o ministro da Saúde sobre o ponto da situação da construção e entrada em funcionamento da nova unidade hospitalar. Numa pergunta hoje dirigida ao titular da pasta da Saúde, os dois deputados socialistas solicitam informações sobre o calendário previsto para o início e a finalização da construção e para a entrada em funcionamento da nova unidade hospitalar.

Num investimento previsto na ordem dos 94 milhões de euros, a nova unidade projectada vai ter uma capacidade de 351 camas, extensível a 440. A área de influência de primeira linha do novo hospital abrange 150 mil pessoas, dos 14 concelhos do distrito de Évora, enquanto, numa segunda linha, serão servidas 440 mil pessoas dos restantes 33 concelhos do Alentejo (Portalegre, Beja e Alentejo Litoral). Os actuais hospitais do Espírito Santo e do Patrocínio, existentes na cidade, estão separados por uma via rodoviária.

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